Bolsa família - hoje e sempre!

Bolsa família não implica em geração de emprego

Todos sabem dos problemas dos chamados "programas de transferência" de renda: de um lado teríamos o dever de ajudar imediatamente milhões de famílias que vivem na miséria no país, sem nenhuma perspectiva, por outro lado, simplesmente dar-lhes dinheiro vivo, quando não aumenta a cultura da estagnação e do conformismo, implicaria em gastar enormes volumes de recurso público em uma ação que não tira a pessoa necessitada de sua condição. Isto é, transferência de renda quando não aliada à contrapartida (exigir que os filhos estejam na escola, etc) é uma via de mão única. O sujeito que ganha a ajuda não vai melhorar de vida, não vai passar a gerar sua renda própria, isto sem falar na dependência que se cria para com esta população, que ganha a esmola para não fazer nada, sem falar no populismo sem volta que se inaugura.
Para piorar a discussão, em matéria do jornal Valor Econômico de hoje, surge o dado de que esta injeção de recursos nas áreas mais carentes, por meio das famílias que recebem o benefício, não está sendo capaz de levar riqueza efetiva à região, não se refletindo na geração de empregos, ou renda, nem mesmo no comércio local.
O dado vem corroborar o "detalhe" de que, sem a contrapartida, a transferência de renda não passa de uma esmola perversa, que perpetua a condição miserável daquele que a recebe. Pode ser que isso seja necessário, dada a condição de parte do povo, mas não deixa de ser esmola por isso. Mas não acho que o povo mereça só isso. Quero crer que este não deseje trocados de favor, mas emprego digno, condições e oportunidade para crescer por si só.
No mínimo, deve o Sr. Lula, ou quem se eleger, mudar as prioridades do bolsa-família, voltar a exigir mais a contrapartida e gastar menos para cobrar menos imposto. Aí sim veremos redução da desigualdade.

Fonte:
http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/Ritmo+de+crescimento+do+emprego+cai+no+NE,,,62,3900910.html