Investimento na infância é o que mais dá retorno e no que menos investimos!
Já faz algum tempo que alcançamos a marca de quase 100% das crianças na escola, e é fato que o problema é a qualidade desta educação que forma a maioria delas: investimento baixo, professores mal formados, desmotivados e descompromissados, governos que não se importam em investir no futuro, ainda que seja a coisa mais importante do mundo – simplesmente porque não aparece.
Um exemplo disso é de como o Lula focou tanto nas universidades em seu primeiro mandato e agora tenta correr atrás do prejuízo, enquanto um exército de iletrados acha que uma universidade lixo acessível a ‘todos’ vai ser a solução pra vida. Pelo menos foi pra popularidade do presidente... O MEC só quer números.
Enquanto isso a educação básica sofre. E sofre ainda mais num segmento completamente ignorado hoje: a primeira infância.
Hoje o Brasil tem 85% das crianças de 0 a 3 anos fora das creches (30%, dos 4 aos 6 anos), e as “sortudas” contam com uma estrutura voltada pra estocar as crianças enquanto os pais trabalham, mais do que focar no desenvolvimento delas, que só começaria mesmo no primeiro grau (antes fosse!). Além disso, a maior parte das famílias nem sabe como educar os filhos para desenvolver seus cérebros na idade mais importante para isso, em que mais se absorvem comportamentos e experiências. Mais fácil deixar a molecada correndo pela favela e vendo TV...
Neste sentido, um estudo recente nos EUA concluiu que o quociente de inteligência (QI), que mais ou menos mede nossa inteligência, não é tão hereditário quanto se pensava. Provou-se que o cérebro se fortalece como um músculo, e que enquanto mais cedo estimulado, maior os resultados. Elaborou inclusive uma proposta que visa aumentar em vários pontos por cento a inteligência do americano médio, com estímulo à melhoria da educação nos primeiros anos de vida. E melhor ainda: é uma forma muito barata de educação.
Enquanto mais jovem o aluno, geralmente menor o gasto necessário para um ensino razoável, e mais resultado este investimento dá. Prova de que estamos no caminho inverso. Um levantamento de 2007 demonstrou que com R$ 20 bilhões podemos construir creches para todas as crianças do Brasil, e que no ritmo de evolução atual, alcançaremos esta meta em mais de 100 anos. Na outra ponta, o governo federal gastará R$ 175 bilhões até 2012 com aumento de funcionários, mais de R$ 1 bi em publicidade em 2008, e a arrecadação em 2008 subiu mais de R$ 40 bi! Questão de prioridade... (ah, e o Lula conseguiu reduzir os gastos proporcionais em educação, que cresceram menos que o PIB no primeiro mandato: de 0,8% para 0,7% do PIB, se bem que o esperto do FHC colocava o bolsa-escola dentro da conta dele...).
A educação na primeira infância deve ser foco do Estado e da sociedade, com ênfase no estímulo intelectual. Outro acerto seria o de garantir uma alimentação e nutrientes básicos para a criança enquanto ela não vai pra escola, ou mesmo depois. Um complexo vitamínico básico no estágio de formação biológica do cérebro poderia fazer mais pela educação do que outros planos educacionais que não se implementam por incompetência e falta de recursos.
E uma população mais inteligente comprovadamente tem mais sucesso profissional, se torna melhor cidadã e menos dependente do Estado, tornando cada um numa fonte de crescimento.
Espero que sejamos espertos o suficiente para adotar este caminho óbvio. Pena que os pais de nossos governantes não deram atenção aos seus desenvolvimentos cerebrais...
Já faz algum tempo que alcançamos a marca de quase 100% das crianças na escola, e é fato que o problema é a qualidade desta educação que forma a maioria delas: investimento baixo, professores mal formados, desmotivados e descompromissados, governos que não se importam em investir no futuro, ainda que seja a coisa mais importante do mundo – simplesmente porque não aparece.
Um exemplo disso é de como o Lula focou tanto nas universidades em seu primeiro mandato e agora tenta correr atrás do prejuízo, enquanto um exército de iletrados acha que uma universidade lixo acessível a ‘todos’ vai ser a solução pra vida. Pelo menos foi pra popularidade do presidente... O MEC só quer números.
Enquanto isso a educação básica sofre. E sofre ainda mais num segmento completamente ignorado hoje: a primeira infância.
Hoje o Brasil tem 85% das crianças de 0 a 3 anos fora das creches (30%, dos 4 aos 6 anos), e as “sortudas” contam com uma estrutura voltada pra estocar as crianças enquanto os pais trabalham, mais do que focar no desenvolvimento delas, que só começaria mesmo no primeiro grau (antes fosse!). Além disso, a maior parte das famílias nem sabe como educar os filhos para desenvolver seus cérebros na idade mais importante para isso, em que mais se absorvem comportamentos e experiências. Mais fácil deixar a molecada correndo pela favela e vendo TV...
Neste sentido, um estudo recente nos EUA concluiu que o quociente de inteligência (QI), que mais ou menos mede nossa inteligência, não é tão hereditário quanto se pensava. Provou-se que o cérebro se fortalece como um músculo, e que enquanto mais cedo estimulado, maior os resultados. Elaborou inclusive uma proposta que visa aumentar em vários pontos por cento a inteligência do americano médio, com estímulo à melhoria da educação nos primeiros anos de vida. E melhor ainda: é uma forma muito barata de educação.
Enquanto mais jovem o aluno, geralmente menor o gasto necessário para um ensino razoável, e mais resultado este investimento dá. Prova de que estamos no caminho inverso. Um levantamento de 2007 demonstrou que com R$ 20 bilhões podemos construir creches para todas as crianças do Brasil, e que no ritmo de evolução atual, alcançaremos esta meta em mais de 100 anos. Na outra ponta, o governo federal gastará R$ 175 bilhões até 2012 com aumento de funcionários, mais de R$ 1 bi em publicidade em 2008, e a arrecadação em 2008 subiu mais de R$ 40 bi! Questão de prioridade... (ah, e o Lula conseguiu reduzir os gastos proporcionais em educação, que cresceram menos que o PIB no primeiro mandato: de 0,8% para 0,7% do PIB, se bem que o esperto do FHC colocava o bolsa-escola dentro da conta dele...).
A educação na primeira infância deve ser foco do Estado e da sociedade, com ênfase no estímulo intelectual. Outro acerto seria o de garantir uma alimentação e nutrientes básicos para a criança enquanto ela não vai pra escola, ou mesmo depois. Um complexo vitamínico básico no estágio de formação biológica do cérebro poderia fazer mais pela educação do que outros planos educacionais que não se implementam por incompetência e falta de recursos.
E uma população mais inteligente comprovadamente tem mais sucesso profissional, se torna melhor cidadã e menos dependente do Estado, tornando cada um numa fonte de crescimento.
Espero que sejamos espertos o suficiente para adotar este caminho óbvio. Pena que os pais de nossos governantes não deram atenção aos seus desenvolvimentos cerebrais...
Mais informação e dados ora mostrados:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/04/20/ult574u9290.jhtm
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/educacao-infantil-no-brasil/brasil-tem-84-5-criancas-fora-creche-422798.shtml (crianças fora da creche)
http://www.administradores.com.br/noticias/gasto_federal_com_educacao_cresce_menos_que_economia/18581/ (folha)
http://www.aomestre.com.br/raio_x/arquivo/66_educ_inf.htm