domingo, 8 de fevereiro de 2009

Os ursos também não gostam das Termoeletricas a carvão!!!



É revoltante a utilização burra das térmicas, mas, um dos motivos desse aumento é o altíssimo grau de incerteza jurídica na utilização das outras formas de energia no Brasil. A energia eólica e solar, além de caras e sem incentivo fiscal, não estão regulamentadas o suficiente para atrair investidores. A construção das hidrelétricas (nossa salvação!) passa por uma crise legal. Elas são grandes e o impacto visível é bem mais claro e localizável. Enquanto uma térmica cabe numa fazendinha e a fumaça se junta com as bucólicas nuvens; a hidrelétrica, mais limpa, começa rasgando montanhas, erguendo barragens, inundando áreas verdes e empurrando povoados, índios e agricultores.

Assim, como os danos primários são mais evidentes, cada hidrelétrica sofre uma via sacra terrível. Constantemente apedrejadas por movimentos sociais e ambientais o custo das obras se eleva muito.
É mais ou menos assim, o investidor calcula um custo, ganha a licitação, faz um estudo de impacto ambiental meia boca, o IBAMA corretamente contesta e exige correções no projeto para dar as Licenças e a obra prossegue. Aí vem as ações na justiça dos deslocados pelas barragens pedindo altas indenizações, ações para proteger comunidades indígenas e quilombolas e incontáveis ações ambientais. No final, a obra sai bem mais cara do que o previsto e os investidores desanimam, pra dizer o mínimo.
Ok, os investidores estão errados ao tentarem emplacar projetos com deficiências técnicas, ambientais e sociais, mas, quando a coisa toda vai pra justiça e IBAMA, a imprevisibilidade é total e o custo dispara astronomicamente para o espaço. Em resumo, como o nosso país tem acordado um pouco para os seus direitos, está tendo muita briga, mas o ruim é que nessa briga a incerteza é tanta que ninguém consegue medir o máximo que vai perder!
Fazer uma hidro está sendo como bicar um vespeiro pelado e rezar para não ser picado.
Direitos sim! incerteza jurídica dá nisso...
Fontes seguras na ANEEL dizem que por mais que eles torçam pela conclusão de hidrelétricas, eles são obrigados a incluir as térmicas no plano energético para o Brasil não ficar no escuro. Nos corredores diz-se abertamente que as térmicas, por chamarem menos a atenção, estão isentas da fúria de ambientalistas, indígenas, quilombolas, ministério público etc. Pedem até que os ambientalistas ataquem as térmicas pra que a incerteza jurídica delas suba, se equilibrem, para os investidores voltem para as hidro. Um absurdo!!!
Finalizando, segue um mapa com as usinas que não saem. Basta jogar o nome delas no google pra conferir a quizumba ambiental de cada uma delas. O caso mais grave é a da Hidrelétrica de Belo Monte projetada para ser maior que Itaipu e que cada dia fica menor pra fugir dos problemas jurídicos.
Enquanto isso, o Brasil ajuda a pisar no acelerador da destruição mundial, que afeta o clima mundial, derrete os pólos e mata os ursos lindinhos que não foram feitos para nadar.... já que somos tão apegados à fauna estrangeira, sensibilize-se com os bichos polares, ignore a nossa fauna ignorada, mas combata as térmicas!!! nem que seja pra salvar os ursinhos do outro lado do mundo!!!


fui....
Ah, esqueci de dizer que as Termoelétricas nao têm esse risco (Brasil):

Veja mais:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u404031.shtml

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